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Orientação Profissional

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Por Camila da Costa Olmos Bueno (CRP: 06/7756-8)

Ao pararmos para pensar, vemos que o tempo todo estamos fazendo escolhas. Quando escolhemos uma roupa para vestir, estamos deixando de lado todas as outras do nosso guarda-roupa, o que implica em dizer que toda escolha provoca renúncias. Escolher é decidir entre uma série de opções, a que parece mais adequada naquele momento.
O adolescente tem cada vez mais dificuldades para fazer sua opção profissional, já que um universo de cursos e especializações tem surgido sem que ele tenha informações suficientes sobre tais carreiras. Por isso, é essencial a oportunidade de conhecer as profissões, suas características, suas ocupações, onde estudar e o mercado de trabalho.
Sendo assim, a Orientação Profissional (OP) torna-se importante e objetiva facilitar o momento da escolha do jovem, auxiliando-o a refletir e coordenando o processo para que as dificuldades emerjam e possam ser trabalhadas. Portanto, faz-se necessário um processo que abarque o conhecimento não somente das profissões, como também o conhecimento de si, o que implica em dizer que a Orientação Profissional não pode ser desvinculada da totalidade da pessoa.
Neste cenário, embora o objetivo seja a escolha de uma carreira, o pano de fundo é o indivíduo e por isso, cada Orientação Profissional é diferente uma da outra. Assim, ao viver o processo de OP, o indivíduo é convidado a refletir sobre sua história de vida e a perceber como se relaciona com o meio externo: família, sociedade, escola, amigos. Esse processo de autopercepção é um olhar para dentro de si, que leva o jovem a se questionar: quem sou eu (personalidade), o que gosto (áreas de interesse), o que não gosto, quais são meus valores, quais são minhas habilidades e aptidões, quais são minhas potencialidades, quais são minhas limitações, quais são as minhas expectativas e quais são as expectativas da família e da sociedade. Apenas quando o adolescente já tem suficiente conhecimento sobre si mesmo é que se inicia a etapa de conhecimento das profissões.
Os dados apontam que 30% dos universitários abandonam seus cursos ou reiniciam outro. Porém, vários outros estudantes embora dêem continuidade a seu curso, passam a não trabalhar na área em que se formaram por sentirem-se desmotivados e frustrados pela escolha que fizeram. Sabemos que isso na maioria das vezes ocorre pela falta de conhecimento de si mesmo e pela falta de conhecimento das profissões. Somente quando o jovem tem tais informações é que poderá refletir sobre suas características pessoais e relacioná-las com as características das profissões. Isso demonstra a importância da reflexão consciente do que está sendo escolhido e do que está sendo renunciado. Sabiamente Sartre escreveu: O homem é suas escolhas.
No processo de OP o jovem é levado a realizar testes, dinâmicas, entrevistas, experimentos e tarefas de casa que são instrumentos que contribuem para o autoconhecimento e para o conhecimento das profissões. Assim, a cada encontro de OP o jovem vai delineando e construindo seu projeto de vida para que realize uma escolha profissional autônoma e consciente.
 
 
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